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29 dezembro, 2013

"MOLEQUE MUNDO" E "AS ESQUINAS DOS OLHOS" SÃO DA DÉCADA 1980

No apagar dos dias de 2013, percebo que deixei muitas de minhas poesias guardadas, como sempre estiveram. Firmei um propósito de transcrevê-las aqui sempre aos sábados e aos domingos, ou textos opinativos, artigos ou próprios.
Trago hoje “Moleque Mundo” e “As Esquinas dos Olhos”. A primeiro poema comecei a escrevê-lo nos anos 1980, mas nunca terminei. O segundo, feito em 18 de Janeiro de 1988, foi musicado, certa ocasião, mas não me recordo a melodia.

MOLEQUE MUNDO
O sol é um moleque travesso
que pula a cerca todos os dias só 
para ver se o mundo nasceu
E a lua é uma menina bonita, bem falada e disputada
que dizem que um dia o mundo vai perdê-la
O homem é um bicho esquisito,
abrutalhado, truculento, quase um rito
A mulher, como a lua,  é disputada, elogiada e mal falada
Em questão de segundos faz os homens perderem o mundo

AS ESQUINAS DOS OLHOS
Há dias que me escondo na esquina dos seus olhos
forçando uma fresta para os meus
Há dias que os meus olhos nas esquinas lhe procuram
Querendo ter bem perto os olhos seus 
"Olha! Vem comigo que lhe dou meu abrigo 
quem sabe, até no último final 
Escuta! Eu lhe digo, esse amor ainda vai me deixar mal”
Há dias que os meus passos são mais lentos
que o compasso das batidas do meu coração
“É que você, quando aparece, me descontrola de montão e faz disparar a emoção
Há dias que meu pensamento é meu alento,
igual a disco agarrado, carro atolado,
trem descarrilado
“Fico anestesiado, enciumado, parado; fixo em sua imagem”