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01 fevereiro, 2011

UMA PESCARIA EM AFLUENTE DO "PARAÍBA" EM 1919

O Rio Paraíba do Sul, que banha os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, sempre deu muitos peixes. Há diversas histórias de pescadores. A mais famosa é a do encontro da imagem que originou o nome da cidade de Aparecida do Norte, no Vale do Paraíba paulista. Outras tantas são contadas por diversos ribeirinhos. O historiador Alan Carlos Rocha, morto no final de 2010, revela em seu livro Três Caminhos, uma pescaria, onde um grupo que pescava na foz do rio Bananal com o "Paraíba", em Janeiro de 1919, avistou na superfície uma tartaruga da água doce. Algo inimaginável nos dias atuais.
O alemão Hans Staden, que escapou de ser comido por índios antropófagos brasileiros, conta em seu livro Viagem ao Brasil, que apesar de "estar sendo engordado", saiu por várias vezes em pescaria à canoa com grupos da tribo. Segundo ele, os indígenas acreditam que o Deus, a quem na hora do desespero Staden orava, pudesse fazer algo contra eles.
Mas, voltando ao livro de Alan, o grupo de barramansenses formado pelos senhores Ataliba Tavares, Antônio Salgado, Afonso Maldonado, Jose Jaguaribe, Peres Neto e Oscar Amaral trouxeram da empreitada várias qualidades de peixes, como surubis, traíras, lambaris, acarás, anduriás e cascudos. Um total de 120 quilos de peixe. Uma pescaria impossível  de acontecer hoje, pois alguns desses peixes já não mais existem.
Texto de Mauro Cesar
Bibliografia 
STADEN, Hans. Viagem ao Brasil. Coleção Afrânio Peixoto, da Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, 1988. 
'Três Caminhos' de Alan Carlos Rocha - 2009 - Grebal (Grêmio Barramansense de Letras) - Nova Gráfica e Editora - Volta Redonda.